terça-feira, outubro 04, 2005

A UE tem futuro?

Cada vez mais me pergunto se a UE serve a Portugal. Cada vez mais me perguno se a UE, para além dos eurocratas, dos seus dependentes (incluindo muito jornalista e fazedor de opinião) e dos EUA, serve a mais alguém! São dúvidas que muito me surgem nos últimos tempos. Mais uma vez a visivel chantagem e o acantonamento em que se deixou colocar relativamente à questão Turca e a falta de coragem em dizer Não, me deixa muito apreensivo pelo futuro.

sexta-feira, setembro 09, 2005

"O Katrina, para quem gosta de interpretações mais cabalísticas destas coisas, será um sinal de Deus aos americanos para que começam a olhar para o que se passa dentro das suas fronteiras, esquecendo por um bocado os seus ímpetos militaristas no exterior. Mas como vivemos dentro dos parâmetros do racional cartesiano, o Katrina foi, quanto mais não seja, uma terrível catástrofe natural que nos fez olhar de outra forma para os Estados Unidos da América e descobrir que por debaixo de uma fina máscara de modernidade e até de algum «glamour», está apenas um país de pobres e ao nível do que pior se encontra no Terceiro Mundo. Bye bye, América. O mundo merece outros donos."

José Diogo Madeira, no Jornal de Negócios .

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A opinião do Sr. José Diogo Madeira, merece-me um comentário simples em género de questão e pedido de reflexão:
Quem acha que estará melhor preparado para assumir a liderança do Mundo? A China imperialista e com um padrão de valores totalmente distintos do Ocidental incluindo sobre os dos direitos dos cidadãos e da Autonomia dos Povos? A Rússia debilitada internamente por décadas de um modelo económico e social destrutivo das estruturas sociais necessárias para lutar num mundo como o de hoje? A Europa cheia de hipocrisias Sociais e Politicas, Internas e Externas e de individualismos de supremacia sobre os demais? Quem?
Ao contrário da opinião doutrinária e politicamente correcta, o Mundo Social tem uma evolução lenta, marcada pelo sofrimento dos povos e por revoluções, onde, ao longo dos tempos, a satisfação das aspirações dos povos é atingida pela execução de objectivos estratégicos, que não mais têm como finalidade que aumentar o seu poder. Poder sobre recursos e poder sobre os outros.
Com esta realidade, e em honestidade, cabe-nos escolher o lado pela experiência e provas dadas. Por esse facto, não sendo pró-americano, sou americano, repito – não sendo pró-americano, sou americano - e prefiro que se mantenham como líderes do Mundo.
No final do Séc. XIX, inicio do Séc. XX, estivemos perante graves crises Sociais e económicas associadas a ambições de poder de blocos Políticos. Agora, no final do Séc. XX inicio do Séc. XXI, estamos com padrões semelhantes, agravados com o que poderá vir a ser um choque de Civilizações. Não estar consciente dos potenciais perigos, de modo racional, paga-se sempre muito caro. É a minha muito modesta e descomprometida visão das coisas.

sexta-feira, setembro 02, 2005

quinta-feira, setembro 01, 2005

Para onde caminha este nosso País?(1)

Questões para reflexão e debate face ao sentimento por cada uma das àreas.
Para onde caminha este nosso País?
- Se mais de metade dos alunos do secundário, não consegue acabar os seus cursos com aproveitamento, e não se responsabiliza quem desenhou os planos e guias pedagógicos e educacionais para os vários níveis de ensino. Se se prefere continuar a responsabilizar o antigo senhor pelo atraso deste povo em conhecimentos, cultura, amor ao acto de aprender e fibra para enfrentar as dificuldades ( só se pode exigir - se lhes for dado. Mas tem que se exigir e ao mesmo tempo premiar o excepcional e não a mediocridade);
- Se o património histórico e cultural deste país com quase mil anos, continua por inventariar, deitado ao abandono e votado a actividades menos licitas, quando deveria estar dotado de um plano de controle central e gestão local, enriquecedor na variedade de experiencias culturais fornecidas a cada um dos cidadãos deste país;
- Se a educação continua a ser considerada uma ciencia, alienada da cultura e do desporto e do cumprimento de objectivos estratégicos, cientificos, tecnológicos, económicos e sociais para Portugal. Quando deveria ser considerada como a Gestão de recursos, no cumprimento de objectivos exigentes e a avaliação rigida de performance de todos os cidadãos intervenientes, no cumprimento de postulados e métodos cientificos e sociais;
- Se a Administração Interna se mantêm como uma coutada de múltiplos interesses corporativos e partidarios. Com uma estrutura de forças de fiscalização, policiamento e segurança aparentemente desactualizada na sua proficua variedade, descoordenação, competência e eficiência. Quando deveria estar preparada de modo a fazer face aos tempos actuais e preparada para prevenir os tempos futuros e dotada de meios que não envergonhem o Pais e quem serve nos referidos corpos policiais;
- Se a Justiça cada vez mais é para os ricos, dada a necessidade de bons advogados para se obter um bom e correcto acesso à justiça; pelo emaranhado de leis, interesses, ausencia de informação integrada e vontade de servir o mais humilde, acompanhada de aparentes e indicifráveis razões para a irracionalidade de alguns procedimentos;
- Se a Defesa está mais adequada a um País do Terceiro Mundo, não reestruturada e planeada para o Presente e Futuro. Pois mais uma vez há interesses coorporativos internos e externos, assim como um grosso bloqueio mental de certas forças politicas para encararem com serenidade e competencia, o real valor e necessidade de umas forças de Defesa e Segurança, dignas de um País que quer ser desenvolvido e acompanhar os Grandes, com o Bom senso da clareza da sua dimensão;
- Se a Saúde a Segurança Social e a Educação, bens incontornávelmente de acesso geral e público, se encontram mais uma vez entregues também a falsas politicas de melhoria e racionalização, que mais não aparentam ser que servir à mesa de interesses particulares e corporativos, o pouco que ainda há na despensa do bem público;
- Se todos os anos a área de floresta ardida é maior, sem que claramente se responsabilize criminal e politicamente. Sem que as estruturas de investigação judiciária neste país, sejam capazes de indentificar e acusar os grandes beneficiados com o crime quando é de origem criminosa (para cada crime há pelo menos um motivo e um beneficiado), sendo que tanto se justifica agora com a mão criminosa, incluindo politicos nas mais altas instancias no governo do país, e ano após ano, nada se vê fazer para eliminar tão grande e tenebrosa organização criminosa. Ou será que o crime é somente o mais comezinho e baixo de todos(se é possível no crime haver prémios de grandeza, competencia e desempenho); caracterizado pelas classes politicas, desde a central à local, passando pelas estruturas de prevenção e combate aos incendios e pelas actividades comerciais privadas, se envolverem em teias de corrupção e incompetência. SEM FALAR dos rios, das licheiras, das reservas, dos lençois freáticos, do mar, do ar, do ordenamento urbanistico, etc...;
- Se a estratégia que as elites portuguesas têm para o país, é o Turismo, o pacto de estabilidade e a mendicidade/um cargo, junto de Bruxelas. Quando deveriamos vê-los envolvidos na definição de planos estratégicos para o País a médio e longo prazo e sua integração com a aposta em postulados e critérios de exigência e excelência na Educação e Cultura, na Saúde, na Administração Interna, na Justiça, na Defesa e nos serviços prestados pelo Estado. A apoiar e catalizar o desenvolvimento cientifico e tecnológico, seleccionando segmentos de actividades de negócio que mundialmente nos catapultem para a diferenciação no futuro, intrinsecamente ligados à nossa natureza geográfica (o mar e as serras);
- Se a vida pública continua a ser considerada como uma forma de se servir e não de servir, de satisfação do ego afectivo e material dos seus intervenientes;
- Se nos dedicamos, todos, diariamente a deitar abaixo o vizinho, a falar mal e a culpar os outros pela nossa falta de coragem, preguiça e individualismo, em todas as nossa tarefas diárias;
- Se continuamos a considerar o trabalho como castigo e o planeamento, a definição coerente e sensata de regras, o seu escruploso cumprimento, uma práctica de gestão competente e completa (envolvendo as responsabilidades sociais), como caracteristicas admiráveis em outros povos;
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terça-feira, junho 28, 2005

A verdade e o futuro de Portugal

Finalmente há Portugueses com credibilidade e poder de difusão das suas mensagens, que começam a falar o que há muito considero verdades inquestionáveis, somente abafadas pela teia de interesses e incompetências que ligam os poderes políticos e comunicacionais.
Finalmente se começa a falar do grande erro que é para Portugal, manter-se autistamente dependente do “Plano A” – União Europeia, sem ter em atenção todos os períodos históricos já vividos por este País, onde não deixando de depender do Continente a que pertence, sempre encontrou os seus complementos além-mar.
Finalmente se começa a falar nos engodos que as mesmas classes nos têm vindo a tentar convencer como solução para a saída desta crise. Finalmente se comenta a falácia da mais recente solução engendrada – a Inovação, pois ela passa pelo pressuposto que os outros não vão inovar. Quando os políticos Portugueses aprenderam a falar com verdade ao seu Povo?
Quando teremos políticos com coragem para as medidas difíceis que são precisas tomar?
Quando remeteremos os arautos do Liberalismo e da Globalização de volta para as Universidades, a ensinarem as técnicas e os Postulados da Economia, deixando aos verdadeiros políticos governarem os Povos, no pressuposto que economia e suas leis são uma ferramenta e não um fim?
Há alturas em que essas mesmas leis devem ser contrariadas a favor de um maior bem. Há que pensar no Proteccionismo conforme referido ontem por Prof. Medina Carreira nos Prós e Contras da RTP1 (uma das raras sessões deste programa, em que se acrescenta real e efectiva divulgação de informação aos cidadãos).
Pode estar muita coisa errada, mas será que se começa a falar verdade neste País?

quarta-feira, junho 01, 2005

Sobre o Tratado Europeu 1

Peço desculpa a Joaquim de Matos por usar alguns excertos do seu trabalho sobre Antero de Quental, mas creio que são úteis para a reflexão que há a fazer por todos nós:

“Na história das nossas letras, encontramos, entre os pensadores mais conscientes e mais preocupados, a chamada de atenção para a mudança da mentalidade portuguesa, como uma necessidade inadiável. Mas esta chamada de atenção tem passado desapercebida, ou então tem provocado desvios da matriz semântica desse apelo. E estes desvios têm sido provocados por razões étnicas, por razões políticas ou por ignorância. A alteração da mentalidade não põe em causa a especificidade do povo português, ou uma possível paideia portuguesa, defendida por António Quadros, nem implica uma absorção da nossa etnia por qualquer cultura estrangeira. Nem tão pouco pode servir de cobertura à importação ou imposição de qualquer ideologia, pois estas podem acontecer, substituindo o recheio da memória sem mexer com os comportamentos mentais. A mentalidade, que tem sido motivo de apelos angustiantes, tem a ver, precisamente, com os comportamentos mentais: com o estatismo genérico dos portugueses, isto é, com o seu passivismo mental, com a ausência de crítica reflexiva, com a generalizada utilização de conhecimentos modelados por institucionalização ou tradições. Quaisquer que sejam os valores que poderão conceptualizar um povo e que, respeitando-os, o poderão tornar maior e consequentemente menos carente, material e espiritualmente, a atitude dinâmica mental é que é requerida, como imprescindivelmente necessária, ainda que não suficiente. O estímulo para tal atitude, tanto pode partir do nosso espaço geográfico como do estrangeiro, sem que, partindo de um ou de outro lado, signifique que passemos a ser mais ou menos portugueses.
(….)
A mudança de uma mentalidade, estimulada por uma necessidade evidente, passa pela educação, pela cultura, pelo poder político, sem esquecer que a sua possibilidade está dependente da adesão voluntária do indivíduo, sem imposição, sem dogmatismos massificantes. A mudança tem de ser sentida como necessária para ser aceite, isto é, tem de ser desejada.
(…)
Uma mutação, ou mudança, implica ruptura. Antero provoca, de facto, essa ruptura? Essa ruptura é embrionariamente nacional? Essa ruptura admite uma análise conceptual? A ruptura, como é sabido, implica o desabamento de uma estabilidade aceite e cultivada, a perda das referências judicativas, o surto do fragmentário, do diverso, da mobilidade dialéctica, da substituição das certezas pelas probabilidades, da estagnação pelas iniciativas.
(…)
A mentalidade de um povo não se pode medir pelos valores de ponta desse povo. Terá de ser analisada a nível das suas vertentes qualitativamente e quantitativamente significativas, que são: a política, a educação, a economia, a finança e a cultura. E esta análise obriga a uma passagem comparativa por outros estados. Não podemos, orgulhosamente sós, medir a nossa mentalidade. Estamos em Portugal, mas também estamos na Europa, e também estamos no mundo. Isto significa que a curto prazo teremos de ser mais Europa e a médio ou a longo prazo mais mundo. E significa ainda, do nosso ponto de vista, que teremos de ser, nesta escalada, cada vez mais portugueses. Uma coisa é a mudança da mentalidade, repetimos, e outra é a definição e o fortalecimento da nossa identidade. Seremos mais Europa e mais mundo, quanto mais portugueses formos. Mas isto passa pela tal mudança de mentalidade.
(…)
A mutação da mentalidade portuguesa terá de passar forçosamente pelo poder. E esse poder só poderá ser eficaz se decorrer de uma verdadeira democracia, isto é, capaz de criar apetências na população, o sentido de autonomia, que exige o hábito de espírito crítico.
(…)
A Renascença Portuguesa lutou pela identidade do povo português, expurgando-a de todos os seus males atrofiantes e refrescando-a com as directrizes históricas do seu tempo. Isto é, o futuro e o progresso estavam nas suas preocupações sem prescindirem das características tradicionais próximas e remotas que definem a natureza do português, nas suas sensibilidades, nos seus sentimentos e nas suas potencialidades. Em termos simples, tínhamos de exercitar as pernas, musculá-las, mas as pernas teriam de ser as nossas, pois não podemos andar com as pernas dos outros.”

Como a mentalidade não muda, o poder não quer e não permite a autonomia e o espírito critico dos Portugueses, inclusive na validação do tratado, não me parece que seja útil e responsável a aprovação do presente tratado, pois independentemente do seu resultado e não efectuando nós, todos nós, as mudanças que precisamos, não seremos nada ou pouco mais que insignificantes no contexto de uma Europa alargada e competitiva. Não seremos mais do que os pedintes do canto Ocidental da Europa, pois só aparentemente só nos ouvem quando precisam do nosso voto para algo, e ouvem para saber quanto queremos (em subsídios para isto e para aquilo) para darmos o nosso voto. Resumindo, o problema de Portugal não está na sua localização geográfica, no seu clima nem na sua dimensão, está em todos nós. Também por isso, não vale a pena votar Sim. E não tenham receio pois a Europa continuará a existir, com alterações, mas continuará a existir. E quem sabe se não viremos a agradecer à França, pelo seu Não.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Eleições legislativas 2005 - Debate RTP

Tristeza e desânimo
- Tristeza pelo debate de ontem à noite na RTP1. Tristeza por todos os intervenientes, politicos e jornalistas, nos terem fornecido um concurso de vacuidades e demagogia. Só um perdeu e ainda bem que perdeu, porque não acreditando na ideologia se deve valorizar a sua seriedade e competência.
- Desânimo pela inexistência de lideres grandes que façam grande o povo.

Para onde caminha este País? - 1

Questões para reflexão e debate face ao sentimento por cada uma das àreas.

Para onde caminha este nosso País:
- Se mais de metade dos alunos do secundário, não consegue acabar os seus cursos com aproveitamento, e não se responsabiliza quem desenhou os planos e guias pedagógicos e educacionais para os vários níveis de ensino. Se se prefere continuar a responsabilizar o antigo senhor pelo atraso deste povo em conhecimentos, cultura, amor ao acto de aprender e fibra para enfrentar as dificuldades ( só se pode exigir - se lhes for dado. Mas tem que se exigir e ao mesmo tempo premiar o excepcional e não a mediocridade);
- Se o património histórico e cultural deste país com quase mil anos, continua por inventariar, deitado ao abandono e votado a actividades menos licitas, quando deveria estar dotado de um plano de controle central e gestão local, enriquecedor na variedade de experiencias culturais fornecidas a cada um dos cidadãos deste país;
- Se a educação continua a ser considerada uma ciencia, alienada da cultura e do desporto e do cumprimento de objectivos estratégicos, cientificos, tecnológicos, económicos e sociais para Portugal. Quando deveria ser considerada como a Gestão de recursos, no cumprimento de objectivos exigentes e a avaliação rigida de performance de todos os cidadãos intervenientes, no cumprimento de postulados e métodos cientificos e sociais;
- Se a Administração Interna se mantêm como uma coutada de múltiplos interesses corporativos e partidarios. Com uma estrutura de forças de fiscalização, policiamento e segurança aparentemente desactualizada na sua proficua variedade, descoordenação, competência e eficiência. Quando deveria estar preparada de modo a fazer face aos tempos actuais e preparada para prevenir os tempos futuros e dotada de meios que não envergonhem o Pais e quem serve nos referidos corpos policiais;
- Se a Justiça cada vez mais é para os ricos, dada a necessidade de bons advogados para se obter um bom e correcto acesso à justiça; pelo emaranhado de leis, interesses, ausencia de informação integrada e vontade de servir o mais humilde, acompanhada de aparentes e indicifráveis razões para a irracionalidade de alguns procedimentos;
- Se a Defesa está mais adequada a um País do Terceiro Mundo, não reestruturada e planeada para o Presente e Futuro. Pois mais uma vez há interesses coorporativos internos e externos, assim como um grosso bloqueio mental de certas forças politicas para encararem com serenidade e competencia, o real valor e necessidade de umas forças de Defesa e Segurança, dignas de um País que quer ser desenvolvido e acompanhar os Grandes, com o Bom senso da clareza da sua dimensão;
- Se a Saúde a Segurança Social e a Educação, bens incontornávelmente de acesso geral e público, se encontram mais uma vez entregues também a falsas politicas de melhoria e racionalização, que mais não aparentam ser que servir à mesa de interesses particulares e corporativos, o pouco que ainda há na despensa do bem público;
- Se todos os anos a área de floresta ardida é maior, sem que claramente se responsabilize criminal e politicamente. Sem que as estruturas de investigação judiciária neste país, sejam capazes de indentificar e acusar os grandes beneficiados com o crime quando é de origem criminosa (para cada crime há pelo menos um motivo e um beneficiado), sendo que tanto se justifica agora com a mão criminosa, incluindo politicos nas mais altas instancias no governo do país, e ano após ano, nada se vê fazer para eliminar tão grande e tenebrosa organização criminosa. Ou será que o crime é somente o mais comezinho e baixo de todos(se é possível no crime haver prémios de grandeza, competencia e desempenho); caracterizado pelas classes politicas, desde a central à local, passando pelas estruturas de prevenção e combate aos incendios e pelas actividades comerciais privadas, se envolverem em teias de corrupção e incompetência. SEM FALAR dos rios, das licheiras, das reservas, dos lençois freáticos, do mar, do ar, do ordenamento urbanistico, etc...;
- Se a estratégia que as elites portuguesas têm para o país, é o Turismo, o pacto de estabilidade e a mendicidade/um cargo, junto de Bruxelas. Quando deveriamos vê-los envolvidos na definição de planos estratégicos para o País a médio e longo prazo e sua integração com a aposta em postulados e critérios de exigência e excelência na Educação e Cultura, na Saúde, na Administração Interna, na Justiça, na Defesa e nos serviços prestados pelo Estado. A apoiar e catalizar o desenvolvimento cientifico e tecnológico, seleccionando segmentos de actividades de negócio que mundialmente nos catapultem para a diferenciação no futuro, intrinsecamente ligados à nossa natureza geográfica (o mar e as serras);
- Se a vida pública continua a ser considerada como uma forma de se servir e não de servir, de satisfação do ego afectivo e material dos seus intervenientes;
- Se nos dedicamos, todos, diariamente a deitar abaixo o vizinho, a falar mal e a culpar os outros pela nossa falta de coragem, preguiça e individualismo, em todas as nossa tarefas diárias;
- Se continuamos a considerar o trabalho como castigo e o planeamento, a definição coerente e sensata de regras, o seu escruploso cumprimento, uma práctica de gestão competente e completa (envolvendo as responsabilidades sociais), como caracteristicas admiráveis em outros povos;
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terça-feira, fevereiro 15, 2005

O Método Social-Democrata - 1

A Social Democracia, continua nos tempos de hoje, até melhor ser construído, a melhor das filosofias governativas, dado o seu ecletismo sociológico e ideológico.
É ela que permite criar um espaço filosófico de discussão e conjunção dos vários modelos ideológicos, no fundo, concertar e gerir os vários universos e necessidades da sociedade no respeito pela dimensão universal do individuo, sempre numa lógica de acção prática.
É o método que permite defender a lógica de mercado em equilíbrio com a segurança social – no respeito do modelo social Europeu, tido como uma evolução positiva dos valores sociais e humanos.
Como método filosófico de gestão de contrários, carece de intervenientes com elevado grau de formação politica, técnica e humana, dado que sofrerá na sua prática, o continuo esforço de contrariar desequilíbrios e ataques de qualquer dos espectros ideológicos, da direita à esquerda – quer pela sua natureza revolucionária quer pela visão individualizada e homogénea dos diversos factores sociais.
Em Portugal, esse método caiu literalmente em extinção, quer pelo endeusamento da liberalização e globalização quer pela ausência de intervenientes políticos que na sua prática garantissem a sobrevivência do método social-democrata.